sábado, 3 de setembro de 2011

Bom dia, minha gente!
Ainda aqui em Paraty, continuo contando um pouco da saga que se iniciou em Ilhabela, no último dia 28, segunda feira.
Depois de feitos todos os preparativos, que envolveram suspender o barco (tirá-lo para fora da água) para descraqueá-lo e receber pintura nova no casco, revisar todas as luzes e cabos, parte elétrica, vieram os preparativos finais: alimentos, roupas apropriadas etc e tal.
Minha tripulação se constituía de três pessoas: o Edson (que trabalha comigo a mais de dez anos, em São Paulo, e dois tripulantes contratados: o Silvio e o João...
O Silvio se dizia além de Capitão Amador, também Mestre Amador, enfim todo o preparo necessário, do ponto de vista das titulações exigidas pela Marinha para a correta condução de minha escuna -a AMAZÔNIA I- até o seu destino final, Areia Branca.
O João também é Mestre Amador e teria vasta experiência em navegação oceânica...
Instalei um bom aparelho GPS-ecobatímetro da marca Raymarine que tem inclusive o software fishfinder. Um bicho.
Bem...iniciamos a navegação às 11hs e 35 minutos do dia 28, com destino a Paraty, onde deveríamos chegar por volta das 19 horas.
Quem soltou o barco, ou seja, quem a conduziu a partir da sua saída do cais fui eu mesmo, que agora tenho o título de Armador e Comandante (pôôôôdre de chique...) além da qualificação de Arrais Amador (primeiro degrau da qualificação marítima na condução de navios). Naquele momento ainda não tinha, mas como fiquei aqui em Paraty desde terça, por motivos que iremos conhecer, aproveitei o "tempo morto" para fazer o curso de um dia (na quinta) e ontem, fiz a prova aqui na Capitania dos Portos de Paraty, obtendo minha aprovação como Arrais Amador.
Junto comigo nisto tudo e responsável por mais da metade das providências, minha companheira, a guerreira Juciara, a minha Ciara, potiguar sertaneja arretada, mansa como uma cascavel em descanso...
Valente e valorosa, abandonou o conforto de que dispomos lá em Areia Branca, abandonou a família estendida em Serra do Mel, onde funciona a minha empresa Janduí AgriBusiness, e se mandou mar adentro jun to comigo.
Para passar as peripécias que iríamos passar desde o momento em que por inépcia do citado comandante Silvio com a operação de aparelhos de última geração como o meu Gps, minha escuna, a AMAZÔNIA I, foi necessariamente parada, às 19 e 30 daquele 28...
Mar aberto, escuna parada, bem o que iríamos fazer? O que iria acontecer?
E o mar que havia virado, seria clemente conosco?
Éramos cinco seres humanos estacionados dentro de uma casca de noz, no Atlântico sul, a caminho de Paraty, sob o jugo do mar.
Com meu binóculo tentava localizar ou Laranjeiras ou Trindade, pois sabia que estava perto, mas a neblina costeira - tão comum nesta época do ano- não me deixava ver nada...
Que fazer?
Luiz Puech não se deixa intimidar...Mas essa é uma situação nova e diante dela, resolvi assumir o comando do barco.
Bye bye....Amanhã tem mais!  

3 comentários:

  1. Havia comentado com Lenir, há algum tempo, "Ainda me surpreendo com o ser humano", por vários motivos ., uns bons, surpreendentes de bons, eram minhas cconversas,ou melhor, eram as conversas longas, feitas ao telefone por meu amigo Luiz de Puech, que me narrava suas aventuras de a cada dia estar se tornando um ser melhor diante da entropia do caos. Nós vibrávamos e torcíamos. Em outros casos eu dizia "não me surpreendo mais, isso é o que restou da humanidade" quando diante dos abomináveis atos, ações do "semelhante".
    Bem, tudo isso só para mandar um abraço daqueles que só os amigos saudosos tem para dar e perguntar:
    Será "impossíver"?
    Isto é ficção, seu Luiz,? Que o sr tem um qu~e pra láaaaaa de doido eu já tenho conhecimento de véio (esse comentário eu acho que já tenho permissão para fazer. E essa fantástica aventura que agora , como dito na crônica, se de3scortina é de vera?
    Hem? é de vera? Eita. eita! se for eu vou arrumar meu Alforje, algibeira e gibão, calçar as velhas "precatas", para guentar o estirão das léguas caatinga adentro e nem que seja na caminhada, vou bater , toc, toc, toc, láaaaaaaa (aí) na sua porta para uma visitinha (café adoçado com rapadura e castanha de caju, beiju e cuscuz de milho com carne de sol) de tão absuntado que fiquei agora.
    Me diga, isso é de vera? Home, rapaz, minino!! bote a maca abaixo e conte-me a história direito. Será possível?
    Gde abraço
    Aldy, o cantador láaaaaaaaa do sertão

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  2. Aldy Carvalho deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Bom dia, minha gente! Ainda aqui em Paraty, contin...":

    Havia comentado com Lenir, há algum tempo, "Ainda me surpreendo com o ser humano", por vários motivos ., uns bons, surpreendentes de bons, eram minhas cconversas,ou melhor, eram as conversas longas, feitas ao telefone por meu amigo Luiz de Puech, que me narrava suas aventuras de a cada dia estar se tornando um ser melhor diante da entropia do caos. Nós vibrávamos e torcíamos. Em outros casos eu dizia "não me surpreendo mais, isso é o que restou da humanidade" quando diante dos abomináveis atos, ações do "semelhante".
    Bem, tudo isso só para mandar um abraço daqueles que só os amigos saudosos tem para dar e perguntar:
    Será "impossíver"?
    Isto é ficção, seu Luiz,? Que o sr tem um qu~e pra láaaaaa de doido eu já tenho conhecimento de véio (esse comentário eu acho que já tenho permissão para fazer. E essa fantástica aventura que agora , como dito na crônica, se de3scortina é de vera?
    Hem? é de vera? Eita. eita! se for eu vou arrumar meu Alforje, algibeira e gibão, calçar as velhas "precatas", para guentar o estirão das léguas caatinga adentro e nem que seja na caminhada, vou bater , toc, toc, toc, láaaaaaaa (aí) na sua porta para uma visitinha (café adoçado com rapadura e castanha de caju, beiju e cuscuz de milho com carne de sol) de tão absuntado que fiquei agora.
    Me diga, isso é de vera? Home, rapaz, minino!! bote a maca abaixo e conte-me a história direito. Será possível?
    Gde abraço
    Aldy, o cantador láaaaaaaaa do sertão

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  3. Putaquipariu cara....é di vera...estou falando di vera.
    Novabahianamisticamente estou falando di vera. Como fazem os queridos irmãos Moraes Moreira e Luiz Galvão.
    De Vera...caro irmão do sertão Aldy.
    Preciso de você, pra próxima loucura, que será mapear todos os ritmos geniais do sertão nordestino.
    Você sabe:vai se chamar: "SER TÂO NORDESTINO" que é o que esse teu irmão e parceiro de vida virou. norDESTINO...cada vez que ando, mais afino, na ponta da faca que anda nas minhas pernas.
    Vem com gosto, pois é com gosto que eu gosto do gostar.

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